O século XX foi um período de intensas transformações no Brasil, especialmente no que diz respeito ao sistema monetário. Durante esses cem anos, o país enfrentou uma série de mudanças que refletiram suas diversas fases de desenvolvimento, desafios e adaptações às novas realidades internas e externas.
No início do século, o Brasil utilizava o "réis" como unidade monetária. Esta moeda estava em circulação desde a época colonial, mas à medida que o século avançava, ficou claro que uma reforma era necessária para acompanhar o crescimento e as novas demandas do país. Assim, em 1942, o "cruzeiro" foi introduzido, substituindo o réis. Essa mudança buscou modernizar e estabilizar a moeda em um contexto de transformações internas.
Com o passar das décadas, ocorreram novas reformas. Em 1967, o cruzeiro foi rebatizado como "cruzeiro novo", apenas para retornar ao nome original alguns anos depois, em 1970. Essa breve fase do cruzeiro novo foi parte de uma tentativa de reajustar e simplificar o sistema monetário em resposta a dificuldades enfrentadas ao longo dos anos anteriores.
No entanto, os desafios continuaram, e, em 1986, foi lançado o "Cruzado". Esse período marcou uma série de tentativas de controlar a alta dos preços e trazer estabilidade. Mesmo assim, novas mudanças foram necessárias e, em 1989, o "Cruzado Novo" fez sua breve aparição, antes de retornar novamente à denominação "Cruzeiro" em 1990.
O início da década de 1990 foi um tempo de transformações significativas. Em 1993, o "Cruzeiro Real" foi introduzido, porém durou pouco. Em 1994, o "Plano Real" foi lançado, marcando um ponto de virada. O "Real", ainda em uso hoje, trouxe um novo período de estabilidade monetária e maior previsibilidade. Essa moeda é vista como um símbolo de um novo ciclo de confiança e adaptação bem-sucedida às demandas de uma nação em constante desenvolvimento.
Ao longo do século XX, o Brasil enfrentou não apenas as dificuldades intrínsecas de suas sucessivas transformações monetárias, mas também os reflexos de um mundo em mudança, incluindo crises globais e transformações nas relações internacionais. Cada etapa dessas mudanças trouxe lições valiosas e ajustes necessários, ressaltando a capacidade de adaptação e resiliência do país em tempos de transformação.